Até meados de 2025, ele era o sistema operacional mais popular entre os usuários de computadores em todo o mundo, posto ocupado ao longo de anos e perdido somente poucos meses antes de ter o suporte oficial encerrado pela Microsoft. Estamos falando do Windows 10.
Lançado em julho de 2015, quando a versão estável começou a ser liberada, o software chegou ao mercado com a missão de substituir o Windows 8.1. Considerada uma das gerações mais problemáticas do sistema, esta edição foi anunciada pouco tempo depois do Windows 8.
O processo acelerado de atualização, com a estreia no ano seguinte, objetivava solucionar reclamações dos usuários. Elas eram relacionadas, principalmente, à remoção do menu Iniciar e às confusões causadas pela interface Metro, que trazia uma maior integração com dispositivos móveis.
Como nem tudo foi resolvido, a gigante de Redmond partiu para o desenvolvimento do Windows 10, que seria lançado dois anos mais tarde. O update chegou gratuitamente para quem tinha a versão anterior e não demorou a conquistar usuários domésticos e corporativos.
Principais inovações do Windows 10
Apontada como a redenção da Microsoft depois dos problemas no Windows 8 e 8.1, a geração seguinte do sistema operacional conquistou elogios de imediato. Parte disso se deu graças ao retorno do tradicional menu Iniciar, acessado por meio do botão no canto esquerdo inferior da tela.
Outra grande novidade do Windows 10 foi a assistente virtual Cortana, a “avó” dos bots de inteligência artificial. Inspirada na IA do jogo Halo, ela era capaz de criar lembretes, fazer pesquisas, abrir programas, identificar músicas, enviar emails e contar piadas, entre outras coisas, ficando disponível até perder o lugar para o Microsoft Copilot, em 2023.
Com a estreia da nova versão do sistema operacional, também foi lançado o Microsoft Edge, um dos principais rivais do Google Chrome na atualidade. O navegador substituiu o clássico Internet Explorer, bastante utilizado por quem acessou a internet na década de 1990.
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Vale destacar, ainda, a integração com o Xbox, incluindo o app para navegar pelas bibliotecas de jogos e a ferramenta nativa para a gravação das partidas. Já no quesito segurança, o login por reconhecimento facial e via leitor de impressões digitais foi um grande atrativo.
A edição também ficou marcada pelo modelo de atualizações contínuas, a valorização da Microsoft Store, os apps universais, executados em diferentes dispositivos, e a central de notificações. Por outro lado, os updates automáticos, que podiam sobrecarregar e travar o sistema, estavam entre os principais problemas relatados.
De modo geral, o Windows 10 aparece entre as melhores versões do sistema operacional, segundo os usuários. Essa lista também costuma incluir edições até mais antigas, como o Windows XP, de 2001, e o Windows 7, de 2009, que ainda podem ser encontrados em alguns computadores.
Por que o Windows 10 não tem mais suporte?
Mesmo com o sucesso da versão, a Microsoft seguiu desenvolvendo a geração seguinte do seu sistema operacional até lançar o Windows 11 em outubro de 2021. O modelo foi o mesmo adotado antes, com atualização gratuita para quem tivesse cópias oficiais.
A diferença é que a versão mais nova adicionou requisitos extras para o update, gerando críticas e, até hoje, impedindo muitos de trocarem o sistema, pois a mudança depende da compra de um novo computador. Mesmo com as exigências afetando o crescimento do número de instalações, a empresa seguiu seus planos.
Na época do lançamento, ela disse que o Windows 10 teria ciclo de vida útil de 10 anos e cumpriu o cronograma. Dessa forma, o software teve o suporte oficial encerrado em 14 de outubro de 2025, deixando os usuários sem atualizações de recursos e de segurança.
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Assim como em outras versões, a decisão pelo fim do suporte do Windows 10 foi motivada pelo foco em novas tecnologias. A partir de agora, a empresa pode concentrar seus esforços no Windows 11 e no desenvolvimento das edições futuras, algo normal na indústria.
É válido destacar, também, que hardwares e programas mais recentes vão acabar perdendo a compatibilidade com a edição anterior do Windows, à medida que o tempo passar, deixando o software sem compatibilidade.
Ainda é possível usar o Windows 10?
Com o encerramento do suporte, muitas pessoas acreditam que o Windows 10 chegou ao fim. Mas na prática, isso não é a realidade, pois o sistema continua funcionando normalmente nos computadores onde já estava instalado, exceto pela ferramenta de update.
Desde o fim do seu ciclo, a edição não recebe mais atualizações, ou seja, o usuário fica sem acesso às novas funções, que passaram a ser exclusivas do Windows 11, e também não há a oferta de patches de segurança. Por causa disso, é necessário cuidado redobrado para se proteger de golpes e ataques explorando vulnerabilidades da versão.
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Para reforçar a segurança de quem manteve o Windows 10 instalado, a big tech ofereceu, opcionalmente, o Programa de Atualizações de Segurança Estendida (ESU). Usando pontos do Microsoft Rewards ou pagando uma taxa única de US$ 30, o equivalente a R$ 160 pela cotação atual, é possível receber updates de segurança até outubro de 2026.
Além disso, cabe ressaltar que a perda do suporte ocorrida em outubro não afetou as edições Long-Term Servicing Channel (LTSC) do Windows 10. Destinadas a empresas e aplicações industriais e com licenças custando mais caro, essas versões terão atualizações garantidas até 2032.
E você, que atitude tomou após o fim do suporte do Windows 10? Continua usando o sistema desprotegido, solicitou as atualizações estendidas, mudou para o Windows 11 ou resolveu trocar de fornecedor, passando para o Linux, macOS ou outra plataforma? Conta pra gente, comentando nas redes sociais do TecMundo.