A OpenAI confirmou, na última terça-feira (28), a reorganização da sua estrutura de propriedade, convertendo-se em uma empresa que poderá ter fins lucrativos. A desenvolvedora do ChatGPT também anunciou um novo acordo com a Microsoft, que passa a valer até 2032.
Essa aguardada reestruturação da startup acontece depois que os procuradores-gerais dos estados de Delaware e da Califórnia, nos Estados Unidos, não se opuseram à mudança. Dessa forma, a empresa terá a chance de faturar com a sua tecnologia, assim como as concorrentes, mesmo sob o controle de uma organização sem fins lucrativos.
Como ficou a nova estrutura corporativa da OpenAI?
Finalizada depois de quase um ano de negociações, a reestruturação da empresa de IA incluiu um modelo mais simplificado. A entidade sem fins lucrativos, agora chamada Fundação OpenAI, continuará no controle do negócio e terá acesso antecipado aos principais recursos desenvolvidos.
- Já a nova empresa, criada para adotar o modelo de lucro como finalidade, foi batizada de OpenAI Group PBC, com a Fundação recebendo 26% de participação nela;
- A maior parte da nova divisão da startup, representando 47% das ações, será controlada por um grupo que inclui funcionários antigos e atuais, além de outros investidores;
- Por sua vez, a Microsoft ficou com 27% da OpenAI Group PBC, parcela avaliada em US$ 135 bilhões, o equivalente a R$ 723 bilhões pela cotação atual;
- Antes da mudança na estrutura corporativa da desenvolvedora, a dona do Windows tinha 32,5% do negócio.
Investindo na parceira desde 2019, a gigante de Redmond repassou cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 73 bilhões), até o momento, o que significa um retorno considerável. Ela também se tornou fornecedora exclusiva do poder computacional utilizado no desenvolvimento da IA da startup, atualmente avaliada em US$ 500 bilhões (R$ 2,6 trilhões).
“O acordo preserva os principais elementos que impulsionaram essa parceria de sucesso”, disse a Microsoft, em comunicado. Com isso, a big tech manterá acesso aos modelos e produtos da OpenAI até 2032, incluindo recursos relacionados à inteligência artificial geral (AGI), versão mais avançada da IA.
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Compromissos assumidos
No plano de reestruturação, a organização sem fins lucrativos afirmou que vai investir US$ 25 bilhões (R$ 133 bilhões) em programas de saúde e cura de doenças e no reforço da proteção contra os riscos de segurança cibernética relacionados à IA. No entanto, a Fundação não detalhou prazos para que isso aconteça.
Aos reguladores, a companhia também prometeu que a entidade manterá o direito de nomear e remover membros do conselho. Outra garantia dada é a de que o Comitê de Segurança e Proteção poderá supervisionar o desenvolvimento de novos produtos e até vetar lançamentos, se for o caso.
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