Após o sucesso estrondoso do criador de vídeos Sora, que alcançou a marca de 1 milhão de downloads em apenas cinco dias, a OpenAI já está focada em um novo modelo de inteligência artificial voltado para uma das maiores indústrias de entretenimento global.
Segundo o site The Information, a empresa liderada por Sam Altman está desenvolvendo uma ferramenta capaz de gerar música a partir de prompts de áudio e texto. O projeto estaria sendo produzido junto de alunos da Juilliard School, renomada universidade de música em Nova Iorque. Estudantes voluntários estariam fornecendo dados para treinar a nova IA.
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De acordo com fontes, este novo modelo vai além da simples criação de músicas do zero. Ele terá funcionalidades como a capacidade de adicionar trilhas sonoras a vídeos já existentes e até mesmo inserir linhas instrumentais que acompanhem uma faixa vocal pré-gravada.
Até o momento, a OpenAI não divulgou o nome oficial da nova ferramenta, a janela de lançamento, suas funcionalidades básicas ou se ela será disponibilizada como um serviço separado de outros produtos da empresa.
Gravatas contra computadores
Essa não é a primeira iniciativa da OpenAI na geração musical. Em 2019, a empresa lançou o MuseNet, um modelo baseado no GPT-2 com a capacidade de gerar canções de até quatro minutos, abrangendo diversos gêneros musicais e utilizando até dez instrumentos diferentes.
O MuseNet acabou sendo superado por seus concorrentes, como o Udio e o popular Suno. Este último, que supostamente gera uma receita anual superior a US$ 100 milhões (cerca de R$ 537 milhões na cotação atual), está atualmente enfrentando um processo judicial movido pelas três maiores gravadoras da indústria fonográfica: Universal Music Group, Warner Music Group e Sony Music Entertainment.
As gravadoras acusam o Suno (e também o Udio) de roubar e usar indevidamente canções do YouTube para o treinamento de seus modelos de IA, mas esse embate legal entre as empresas de IA e as gravadoras não é novidade, e negociações de licenciamento estão em andamento desde o ano passado, embora com pouco sucesso.
No meio deste ano, um acordo para a disponibilização de material de artistas para treinamento de modelos avançou, mas a discordância quanto aos valores exigidos pelas gravadoras acabou enterrando o negócio.
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